No passado domingo foi dia de nos estrearmos nas nossas primeiras X Milhas do Guadiana que já vão na 22ª edição, este ano no sentido Portugal-Espanha e com a introdução da passagem pela vila de Castro Marim.
Depois de uma semana cheios de trabalho e com pouco tempo para grandes treinos chegámos a domingo com o objectivo de nos divertirmos e desfrutarmos da prova mais emblemática do Algarve. Esta prova é , talvez, a mais esperada pelos atletas algarvios, sendo uma prova bastante competitiva.
A prova tinha início marcado para as 11 horas e nós chegamos bastante cedo, cerca das 9 horas para pudermos levantar os dorsais com calma e acima de tudo desfrutarmos ao máximo de todo aquele ambiente.
Eu, a entrar no estádio acabadinho de levantar os dorsais. Foto de Mário Toledo Rolla. |
Todos os amigos e conhecidos do mundo da corrida estavam presentes ou a correr ou a apoiar, mas estavam lá. O ambiente era fantástico e só por isso valeu a pena.
Nós mais o restante grupo que correu com as cores da "Let´s Go". Foto de Luís Santos. |
Chegado a hora de ir para a partida definimos a nossa estratégia. Eu iria com ela até ao Km 10 e assim ajudava na parte mais difícil da prova. Tudo a postos, é dado o tiro de partida e conseguimos sair quase juntos, inédito.
Nós os dois lado a lado ainda dentro do estádio. Foto de Mário Toledo Rolla. |
Os primeiros kms foram sempre feitos com muito vento contra a dificultar a progressão, aliás é sempre uma característica desta prova e já nos tinham alertado para este facto, daí também eu seguir junto dela neste primeiros kms na tentativa de conseguir "cortar" o vento e ela seguir colada a mim. Mas infelizmente desde cedo ela se queixou da falta de força e cansaço muscular, não era o seu dia. Temi que ela abandonasse ainda nos primeiros 5kms e procurei incentiva-la ao máximo. Várias vezes me disse para seguir sem ela, mas por nada a ia deixar sozinha e a decisão estava tomada, iríamos fazer a corrida sempre juntos.
Mas ao km 7 um grande amigo ao alcançar-nos disse que eu podia seguir sozinho e ele iria acompanhá-la sempre até ao final. E assim a partir do km 7 lá segui "sozinho".
Esta foto foi tirada instantes depois de eu a deixar. Eu sigo cá à frente, ela um pouco atrás acompanhada pelo amigo António Cabral. Foto de Luís Mestre. |
No lado de Espanha a partir do Km 12 o vento já não era tão forte e a corrida tornou-se um pouco mais fácil apesar de ter começado a sentir alguma falta de força nas pernas.
Ao entrar dentro de Ayamonte o incentivo dos populares deu-me novo animo e os últimos kms foram sempre a bom ritmo. Já na chegada dentro do estádio na volta que se dá à pista senti todo o peso da corrida abater-se sobre as pernas e os últimos 300 metros foram em pleno esforço.
Eu na chegada. Foto de Luís Santos |
Logo após a meta liam-nos o código de barras que vinha no dorsal e uns metros à frente entregavam-nos um papel onde vinha o nosso tempo e classificação. Muito bom mesmo, não precisámos de esperar para chegar a casa e ver os tempos, o lugar, as classificações, etc... Estava tudo concentrado no papel que forneciam.
Os meus dados. Com tempo posição na geral, na categoria e média por Km. |
Era-nos também entregue um saco com água, sanduíche e um chocolate. Para quem queria havia ainda coca-cola. E claro, entregaram-nos uma t-shirt técnica como deve ser.
Uns minutos depois chegava ela e o amigo António Cabral.
Na chegada à meta, ela e António Cabral. Curioso que tanto ela como o amigo António Cabral ficaram em 8º dos respectivos escalões (Sénior Femininos e Veteranos V Masculinos). Foto de Luís Santos. |
Os resultados finais dos 17,3 km foram:
Eu - 01:13:54 média de 04:16min/km ficando em 157º da geral e 41º do escalão.
Ela - 01:18:38 média de 04:32min/km ficando em 278º da geral e 8ª do escalão.
Algumas curiosidades da prova:
Cortaram a linha da meta 619 atletas masculinos e apenas 75 mulheres num total de 694.
O primeiro em 00:55:42 min.
O Ultimo em 02:02:00 minA média foi de 01:22:09 min.
É uma prova que queremos repetir , sem qualquer dúvida. A organização é muito boa, havia um público considerável nas ruas de VRSA, Castro Marim e Ayamonte a aplaudir. A distância é apelativa e ainda temos o facto de atravessarmos a fronteira entre Portugal e Espanha a correr. Para o ano a prova será no sentido contrário de Espanha para Portugal e nós vamos querer lá estar.
Até já e boas corridas!
Gostava muito de ter ido a essa prova... Parabéns aos dois pelos bons resultados obtidos! Abraços e beijos
ResponderEliminarObrigado Sílvio. Devias mesmo ter ido, é muito fixe!
ResponderEliminarDia 30 vamos até Barrancos para o transfronteiriço fazer só os 19 km, por agora ainda é cedo para os 50. É pelo "mundo da corrida" ;))
Abraço!